Ao amanhecer estávamos quase lá. O ônibus passava por várias colinas de pedra com neve, e eu estava procurando a cidade, mas não via nada ainda.
Já havia amanhecido e eu não tinha pregado o olho. Uma hora eu olhei para o lado e vi um monte de prédios empilhados. Será que era NY? Um tempo depois entramos em um túnel muito pequeno, cheio de azulejos. Estávamos embaixo do rio Hudson. Ao sair do túnel, muitos viadutos entrelaçados e mais e mais prédios. Era ela! A capital do mundo!
Chegamos em Nova York por volta das 7 da manhã. A primeira coisa que fiz foi colocar no meu fone de ouvido a música do Frank Sinatra que homenageava a cidade. Esse moço que estava no ônibus era um cantor gospel que já tinha aparecido na televisão em programas de auditório. Procuramos um Mc Donalds para tomar um café e na verdade o que eu mais queria era usar o banheiro. O banheiro do ônibus, que surpreendeu pela limpeza no início, decepcionou demais depois da metade da madrugada. Subimos a rua para chegar na Times Square.
Essa escadaria é bem famosa, todo mundo tira foto em cima. Ficando um pouco mais acima é possível ter uma vista melhor da Times.
Ao meu redor tinha muita gente falando as mais diversas línguas. Muitos falavam espanhol, dava pra ouvir muitas vezes e palavra "mierda".
Esse é um ringue de patinação aos pés do Rockefeller Centre, que é um prédio bem alto.
Essa estátua de Atlas é bem na frente do Rockefeller Centre
Saint Patrick's Cathedral. Impressionante ter essa igreja no meio de tanto arranha céu quadrado.
Depois dali fomos para a Ponte do Brooklyn. Pegamos o metrô, bem diferente do metrô de Toronto. Tinha um cara tocando jazz muito alto. E outro tocando um rock pesado numa guitarra. Aguardando o trem eu vi um rato do tamanho de uma capivara. O metrô estava lotado e do meu lado sentou uma japonesa com um potinho de isopor. Ela abriu aquilo do meu lado, era uma omelete muito feia que fedia demais a queijo. Eu sou bem tolerante com cheiros, mas quase vomitei.
Chegamos na ponte, a parte para andar tinha o chão feito madeira. Nas frestas dava pra ver os carros passando lá embaixo.
Do lado esquerdo dava pra ver a ponte de Manhattan, não muito distante.
Tinha muita gente cruzando a ponte. Volta e meia passava uma bicicleta com alguém seminu pedalando. E muita gente estava fazendo corrida com roupa curta.
Manhattan vista do outro lado da ponte. Mais adiante no Brooklyn a gente virou uma esquina e eu tomei um susto. Era Dumbo, um lugar muito tradicional para tirar fotos na cidade. A ponte de Manhattan ficava lá atrás, incrivelmente grande. A foto não captura bem a visão, aquilo parecia uma ilusão de ótica.
Muitos filmes e séries foram gravados nesse ponto ali. Vanilla Sky, Suits...
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O metrô passa lá dentro da ponte, dá pra acreditar? |
Comemos pizzas no Grimaldi's na Dumbo (N° 1 Front Street, Brooklyn). Pedimos três pizzas enormes e cada um pagou 15 dólares.
Pegamos o metrô ali perto e voltamos para Manhattan, passando por dentro da ponte. O objetivo agora era ir para a Estátua da Liberdade. Tinha muitos barcos que iam até a ilha, mas levaria muitas horas, pois estava tudo lotado. Fomos até o Staten Island Ferry, um barco que fazia a travessia do rio por... grátis!
Passamos pela Estátua da liberdade na ida e também na volta. Deu pra ver que a ilhota estava bem cheia.
Ela é um ícone com certeza, adorei vê-la. Mas achei que ela seria maior.
Ficamos meia hora do outro lado do rio Hudson em New Jersey. Voltamos. O barco ia e vinha cheio de gente.
Voltando para Manhattan nós fomos ao Central Park.
Tinha uns caras tocando jazz no corredor central. E tocavam muito bem por sinal!
Vimos muito esquilo nessas árvores. Eles chegavam bem perto da gente, eram curiosos e não tinham medo. Só se alguém levasse a mão neles, aí os carinhas viravam fumaça.
Andamos por algumas horas. Fomos até a Bethesda Fountain, na metade do parque. Aquilo era muito grande, se fôssemos mais longe levaríamos tempo demais para voltar e eu perderia meu ônibus.
Voltando pra Times Square ela já estava lotada. Tinha tanto Mickey, Pato Donald e Patetas... Em um lugar bem no meio tava rolando um carnavalzão gigante e instransponível. Fui nas lojinhas, comprei vários souvenirs como chaveiros, ímãs de geladeira e miniaturas da estatua da Liberdade.
Aqui nessa loja (1628 Broadway St.) eu gastei 30 dólares americanos em chaveiros e ímas de geladeira e outros souvenirs (dólar americano a 3,30).

Os prédios de New York são altos demais. Inclusive, estavam construindo mais!
Achei o ônibus em Nova York após uma caminhada rápida. Na fila eu puxei papo com um casal. Um senhor mais gordinho, negro e uma moça também negra. Eu tentei parecer o mais novaiorquino possível: "Such a big city, huh?" A moça balançou a cabeça pros lados, olhou pra cima e fez "Phew", concordando mas achando pouco o que eu disse. E o homem me respondeu com um vozeirão um "Tell me'bout it!" Essa foi a cereja do bolo!
Faltava 14 horas pra chegar de novo em Toronto, e eu já estava morto. No geral, achei New York pesada, cheia, mal cuidada. Mas isso tudo não estragou a minha ida, me sinto na verdade muito orgulhoso por ter ido lá! Tive que atravessar o carnaval, nunca tinha me esfregado em tanta gente de tantas nacionalidades. Levei quase meia hora pra atravessar a multidão.
Na fila eu vi de novo o indiano que roncava que nem um foguete da Nasa. Sacanagem. Quais as chances? Em dois ônibus diferentes? Eu tive que trocar de lugar algumas vezes. Onde eu ia no ônibus, ele ia atrás. Muita vontade de xingar ele.
Mais umas horinhas e paramos no Junius Ponds Travel Plaza na beira da New York State Thruway 1399 na cidade de Phelps, no condado de Ontario New York.
Umas horinhas de viagem e o ônibus parou em Hannacroix, no condado de Greene.
Tinha um Starbucks em Mille Marker 127, pedi um café (eu não gosto dos cafés do Starbucks).
Um tempo depois estávamos em Albany city, no condado de Albany. Fui ao banheiro, tomei mais um café bem quente enquanto olhava para a noite.
Depois Utica, no condado de Oneida. Na volta fomos por um outro caminho, diferente do que a gente pegou na vinda. Depois voltamos por caminhos que eu já conhecia. Syracuse. Port Byron... Rochester... Buffalo... E finalmente a província de Ontario no Canadá!
Aqui acima está o registro em vídeo que o amigo fez sobre a viagem. Aparece a minha bandana em alguns momentos ali por volta dele. As fotos dele eu mesmo tirei. Fiquei indignado quando vi esse vídeo e soube que nevou em New York depois que eu fui embora!!!